atravessas-me e há vozes em coro
a passear pelos arredores da pele
esqueço-me de sentir
e é com pele que te faço o centro da ferida
cuidado
a realidade é feita do que não quero ser
dias sólidos de onde não saímos
é tarde e amanhã começa com a tua voz ontem
sobre uma mesa posta (natureza morta com vento)
é tudo simples e quando o nada me acaricia os dedos
não há respostas para o que o vento pergunta
Maria